É uma abordagem terapêutica criada pelo médico e filósofo gaúcho Lúcio Packter que a desenvolveu ao longo dos anos 1980 e iniciou a formação no Instituto Packter em meados dos anos 1990. Packter partiu de vinte e cinco séculos de conhecimentos filosóficos sobre a alma humana e a estruturou como um método de abordagem terapêutica.
No âmbito social, a Filosofia Clínica oferece uma perspectiva contra intuitiva nos dias de hoje onde a noção de normal ou anormal, de doença ou saúde está no âmbito daquele que fala por si mesmo, ou seja, o outro e não por padrões externos a ele. Portanto, a Filosofia Clínica não busca nem usa de parâmetros externos ou sociais para compreender ou “encaixar” o indivíduo. A Filosofia Clínica não tem teoria de nada e nem usa de teorias ou autores para compreender o outro. Nossa única “teoria” vem daquilo que cada um fala de si na presença de um Filósofo Clínico. É o Filósofo Clínico que tem que se “encaixar” no outro, e não o contrário. Com uma postura de um antropologista, a Filosofia Clínica procura compreender o outro nos termos, significados, sentidos, linguagem, práticas e valores daquele que narra sua própria história.