Por Fernando Fontoura
Na experiência de professor dos cursos de formação, percebo três motivos principais de o porquê as pessoas procuram o curso de Filosofia Clínica: 1) para consumo próprio, ou seja, para se re-conhecer a si mesmo e às suas relações mais próximas de uma forma diferente, a partir de outra perspectiva. Essas pessoas não procuram ser terapeutas ou usar o conhecimento do curso em outras áreas, mas para si mesmo, de forma mais imediata, assim que o curso avança. Outro motivo é 2) usar o conhecimento do curso de formação diretamente em suas atividades profissionais para auxiliar naquilo que já fazem. Assim, outros terapeutas, professores, psicopedagogas, gestor de pessoas, músicos, médicos etc. utilizam da Filosofia Clínica como apoio às suas profissões. Um outro motivo é 3) para ser terapeuta da Filosofia Clínica. Esse é o grupo menor. Querem fazer a formação e continuar o processo de estágio após a formação e objetivam ser terapeutas a partir da Filosofia Clínica.
O curso é feito para a Formação de Terapeutas, sendo este o objetivo maior da formação. Por isso ela, além do conhecimento da metodologia, tem bastante prática a partir do Módulo II (que é onde se adentra ao método terapêutico em si). No entanto, mesmo aqueles que não visam ser terapeutas da Filosofia Clínica, têm a vantagem de experienciar a prática da metodologia terapêutica tanto em si quanto junto aos colegas.
E como a formação visa a prática terapêutica, também é levado nas aulas, pelos professores, todos terapeutas atuantes no dia-a-dia, muitos exemplos de consultório, atualizando assim a metodologia com a prática.
A formação em módulos permite uma apropriação da metodologia de forma mais organizada e sistemática, tendo ainda a possibilidade de um acolhimento pedagógico durante os módulos por professores da Epoché.